MDB tem plano B para Simone caso ela fique fora do governo de Lula

 /

Assim que Lula venceu as eleições criou-se uma expectativa em torno da senadora sul-mato-grossense: afinal, ela, que apoiou o petista no segundo turno, iria ser convidada para comandar algum ministério? Sim, até o presidente eleito, tão logo soube do resultado, num primeiro discurso deixou claro que a emedebista, a quem chamou de "companheira" seria integrante de seu governo.

O tempo passou, os ministérios têm sido ocupados pelos aliados de Lula, mas o nome de Simone ainda não emplacou em nenhum deles, embora tenha sido cogitado em ao menos três. Com a demora, até o comando nacional do partido pensa num plano B para ela caso não integre o primeiro escalão do governo de Lula.

Nesta terça-feira, em Brasília, por exemplo, o assunto foi abordado pelos chefões emedebistas. Fala-se, inclusive, numa estratégia política para a senadora, no caso dela ficar fora do governo de Lula.

Uma das alternativas: Simone, sem ministério, seria daqui em diante uma espécie de porta-voz do MDB. No caso, ela trabalharia a imagem já de olho em 2026, como, de novo, candidata à presidência da República. Mas, essa é uma alternativa, apenas.

 

Simone pode virar chefe d ministério do Desenvolvimento Social, pasta que cuida do Bolsa Família. Ocorre que esse ministério pode crescer a visibilidade política da senadora e isso, para alguns petistas, não seria bom, já que ela vira "inimiga" política daqui uns anos.

A senadora de MS mostrou-se interessada na pasta. Ela foi cogitada também para comandar o ministério da Agricultura ou Educação, mas tais hipóteses já foram afastadas.

Lula deve se reunir com os caciques do MDB ainda nesta semana e o futuro de Simone, no governo dele é a pauta principal. Até agora, a senadora pouco comentou, ao menos publicamente, sobre a possbilidade de assumir um ministério de Lula.

A reportagem tentou falar com ela ontem à tarde, mas não conseguiu.

A senadora, embora convidada, não apareceu na cerimônia da diplomação de Lula, ontem, segunda (12), em Brasília. Ela estaria compromissada com outra agenda. Comenta-se, ainda, que Simone, que integra o governo de transição de Lula, desde o fim do segundo turno, não conversa com o presidente eleito desde o fim do segundo turno.

Â