Mandrake, o cachorro que foi baleado ao defender o tutor, vítima de uma tentativa de homicídio, no Jardim Batistão, em Campo Grande, precisou amputar a pata onde a bala ficou alojada. Os ossos da região do joelho do animal estavam quebrados.
Segundo a protetora que está ajudando a família do cão, Sabrina Rodrigues de Carvalho, a cirurgia foi realizada na segunda-feira (4). Os profissionais da clínica veterinária avaliaram e não seria possível instalar uma placa, pois os ossos estavam quebrados.
Contudo, Sabrina explica que a cirurgia foi bem sucedida, apesar da amputação. “Ele está se recuperando e creio que poderá receber alta entre hoje ou amanhã”.
Família precisa de ajuda
O custo da cirurgia e do tratamento na clínica beira os R$ 3 mil. Portanto, a família faz um apelo para conseguir pagar as despesas veterinárias.
“Eu já tinha contado para algumas pessoas que não estava mais resgatando, pois não estou psicologicamente bem. Até aparecer o Mandrake. Não aguentei ver o sofrimento dele, chorando de dor em casa. À família dele são pessoas humildes, que não tem condições de arcar com os custos da clínica. Eu também não tenho condições, mas não poderia deixar ele chorando de dor e sofrendo. Cada R$ 1 ajudaria muito mesmo”.
A mãe do tutor, uma idosa, não possui contas digitais, portanto, o valor está sendo arrecadado na conta de Sabrina, pelo Pix 67991804684.

Entenda o caso
Durante uma tentativa frustrada de homicídio, um cachorro acabou sendo baleado no Jardim Batistão, em Campo Grande. O suspeito foi até a residência do desafeto, de 37 anos, durante o final da tarde dessa sexta-feira (1º).
O tutor do animal, que é PCD (Pessoa com Deficiência), informou à PM (Polícia Militar) que estava na sua residência na Rua Israel, quando foi chamado até o portão. Ao se aproximar, o suspeito teria apontado a arma em sua direção e efetuado um único disparo. Contudo, ele teria conseguido se esconder, assim o autor realizou o segundo disparo em direção ao animal, que acabou atingido em uma das patas dianteiras.
O morador reconheceu o suspeito como um desafeto, de 32 anos. À polícia, ele informou que o homem saiu recentemente da prisão. Além disso, atualmente é cadeirante, pois, há alguns anos, a mesma pessoa teria lhe atingido com disparos de arma de fogo também.
A vítima não foi até a delegacia, pois precisava providenciar atendimento para o animal. O caso foi registrado na Depac Cepol e deverá ser investigado.