“Estou arrasada”: Escola obriga aluna a se fantasiar de pescador e mãe vegana denuncia

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“Quero chorar e queimar tudo”, disse a mãe de uma menina de 8 anos.

 

Uma mãe vegana ficou indignada ao saber que sua filha foi convidada pela escola a se fantasiar de pescadora no próximo carnaval. Ela usou sua conta do TikTok para reclamar do episódio constrangedor.

De acordo com o periódico El Mundo, a mulher está absolutamente arrasada, querendo chorar e queimar tudo. O desabafo que viralizou foi publicado em seu perfil na rede social, intitulado @veganaynormal. Episódio ocorreu em Madrid, na Espanha.

Rocío Cano expressou toda a sua revolta e disse que está farta de gente querendo doutrinar quem pensa diferente. Ela pediu à professora da filha Navia, que respeitasse os princípios éticos e morais. Diante da negativa, encaminhou o caso para a equipe de gestão. Para ela, ninguém pode ser alvo de discriminação, seja por crenças morais, éticas ou religiosas.

A escolha da fantasia foi da turma inteira. No entanto, para a criadora de conteúdo é uma afronta já que vai contra tudo aquilo que prega e ensina à sua família. Cansada de ser ignorada, a publicação de Rocío dividiu opiniões na web.

Há quem concorde com seu ponto de vista, bem como aqueles que consideram sua reação explosiva e exagerada. De toda forma, só as mães sabem o que é melhor para seus filhos. O famoso escritor Arturo Pérez-Reverte entrou na discussão fazendo um comentário no Twitter.

Em sua opinião, dói ver tanta violência contra a ética e a moral de uma menina vegana de apenas oito anos, que na escola tentam fantasiá-la de pescadora durante o carnaval. “Mas seria pior se a vestissem de pastora. Insuportável”, escreveu em seu microblog.

No texto que antecedeu o vídeo, que possui milhares de comentários, Rocío Cano escreveu: “Que farto sistema e doutrinação”. Um dos comentários em resposta à mãe vegana, diz que os professores por 1.500 euros por mês aguentam 30 crianças por turma gritando e ainda por cima têm que aguentar uma mamãe vegana.

O polêmico registro deu o que falar na internet e abriu um forte debate nas redes sociais. Muita gente defendeu que a vontade da mãe e da filha de não querer se vestir de um profissional cuja principal função é caçar peixes, indo na contramão do veganismo.

Outros parecem não ter entendido a afirmação e criticam duramente o fato da mulher se concentrar em um assunto tão trivial, quando existem outros tipos de problemas ao redor para resolver.

Luta de Rocío Cano

Em seu perfil do Instagram, atualmente com mais de 23 mil seguidores, Rocío bate na tecla do veganismo como seu estilo de vida. A mulher, que é socióloga, também aborda a neurodivergência e temas voltados para a política. É casada com Pablo, mãe de Antía e Navia.

Na sua biografia, ela escreve: “Nem oprimidos, nem opressores”. A mãe da menina grava podcasts para falar sobre saúde, educação e nutrição. Realmente ela faz questão de trazer à tona suas lutas com o intuito de informar o maior número de pessoas possíveis.

 

Direitos autorais: Reprodução/ Youtube

No entanto, Rocío não obriga ninguém a se tornar vegano. Apenas defende o que acredita e estende isso para suas filhas, de modo que não aceitem ter suas vontades violadas por conta de alguém querendo ditar regras, quando na verdade, só quem pode definir o que é certo ou errado para uma criança, são seus pais.

Dentre os comentários de seus últimos posts, alguns internautas desejam que o caso tenha sido solucionado e permitam que a menina não se fantasie de pescadora para a festa do colégio.

Professores têm o dever de ensinar e educar os alunos. Porém, a criação e os valores de um ser humano devem ser abordados dentro de casa, sempre de acordo com as normas impostas pelo clã familiar.