Mulher que fez quimioterapia por um ano e retirou as mamas descobre que nunca teve câncer

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O diagnóstico de câncer é provavelmente uma das notícias mais preocupantes que uma pessoa pode receber, e marca o começo de uma batalha pela própria vida. Agora, imagine ser diagnosticado com a doença, realizar o tratamento e acabar descobrindo que nunca esteve, de fato, doente?

Foi exatamente isso o que aconteceu com Sarah Boyle, uma mulher do Reino Unido. De acordo com informações da People, em 2016, quando ela tinha apenas 25 anos, percebeu que estava tendo dificuldades de amamentar o seu filho em seu seio direito.

A situação lhe chamou a atenção, e Sarah resolveu procurar ajuda no Royal Stoke Hospital, na Inglaterra. Lá, ele passou uma biópsia e exame, e recebeu a pior notícia que podia imaginar: tinha câncer de mama triplo negativo, sendo imediatamente enviada para tratamento de quimioterapia.

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A mulher seguiu o tratamento passado pelos profissionais, acreditando que era a melhor opção para o seu caso, e chegou a até mesmo ser submetida a uma dupla mastectomia, seguida de uma cirurgia reconstrutiva, de acordo com o jornal.

 

Sarah inclusive chegou a ser avisada de que os agressivos tratamentos que estava fazendo para conter a doença podiam afetar a sua fertilidade.

Por quase um ano, a mulher teve a sua vida virada de cabeça para baixo, até que em 2017 teve outra descoberta chocante. O seu médico lhe contou que ela havia recebido um diagnóstico errado, e o que tinha não era câncer.

Como se pode imaginar, a revelação provocou um grande choque na vida da mulher, e um trauma muito grande, já que passou pelo desgaste das quimioterapias e também de perder os seus seios.

“Ouvir que eu tinha câncer foi horrível, mas passar por todo o tratamento e cirurgia, e depois ser informado de que era desnecessário foi traumatizante”, desabafou a mulher.

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O que o hospital diz

De acordo com os advogados de Boyle, o erro ocorreu porque uma amostra de biópsia foi registrada incorretamente.

Um porta-voz do University Hospital of North Midlands NHS Trust, empresa proprietária do Royal Stokes Hospital, enviou um comunicado ao The Telegraph se desculpando e pontuando um “erro humano” como responsável pelo diagnóstico incorreto.

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No comunicado, a empresa também afirmou que todos os diagnósticos de câncer passaram a ser verificados por um segundo patologista antes de uma conclusão ser alcançada.

“Um diagnóstico errado desse tipo é excepcionalmente raro e entendemos o quão devastador isso foi para Sarah e sua família”, informou o representante. “Em última análise, o relato incorreto da biópsia foi um erro humano, portanto, como uma salvaguarda extra, todos os diagnósticos de câncer invasivo agora são revisados ​​por um segundo patologista”, acrescentou.

 

A vida após o diagnóstico errôneo

Desde o incidente, Sarah teve outro filho com seu marido. Agora, os quatro se apoiam uns nos outros para seguirem em frente depois desse grande trauma.

Sarah disse ao The Telegraph que viveu anos muito difíceis ao lado de sua família, e que por mais feliz que tenha se sentido ao receber o filho caçula, foi invadida por uma triste quando percebeu que não seria capaz de amamentá-lo.

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Por mais que atualmente não tenha câncer, ela se preocupa que o tratamento e da cirurgia a qual foi submetida, retirando as mamas e colocando os implantes, possam fazer com que ela desenvolva a doença no futuro.

A mulher e seus advogados buscam entrar com uma ação legal contra o University Hospital of North Midlands NHS Trust, que admitiu a responsabilidade, relata a BBC News.

Sarah Sharples, advogada da Irwin Mitchell Solicitors que representa Boyle, disse informou ao jornal que espera que a experiência da cliente sirva como experiência para que algo assim não volte a acontecer.