Estudo encomendado pela ANA (Agência Nacional das Ãguas) traça um diagnóstico pormenorizado dos recursos hÃdricos existentes na Bacia do Rio Paraguai. O PRH Paraguai (Plano de Recursos HÃdricos da Região Hidrográfica do Rio Paraguai) identifica problemas já detectados, como desmatamento em pontos que provocam o assoreamento de rios, mas conclui que as águas estão em quantidade e qualidade adequadas, com problemas isolados.
Um resumo do estudo foi apresentado pela primeira vez durante a reunião do CERH/MS (Conselho Estadual de Recursos HÃdricos de MS) realizada nesta semana, no auditório do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, destaca a relevância do estudo para orientar as polÃticas públicas no setor.
"Este estudo traz elementos importantes para subsidiar ações no âmbito do Rio Taquari, por exemplo. Será possÃvel enxergar com clareza onde e como é preciso agir. Traz um nÃvel de detalhamento excelente", elogiou o secretário, que presidiu a reunião do Conselho.
O Plano
O estudo começou pela caracterização da Bacia do Rio Paraguai, na parte existente em território brasileiro. Abrange metade de Mato Grosso do Sul e o Sul de Mato Grosso, totalizando 362 mil quilômetros quadrados. O Rio Paraguai é o principal curso d’água, mas a região é rica em recursos hÃdricos por abrigar a planÃcie pantaneira.
O segundo passo foi levantar a disponibilidade e a demanda hÃdrica e elaborar o balanço do ponto de vista de qualidade e quantidade. "O balanço hÃdrico integrado da RH-Pantanal se acha confortável, com saldo disponÃvel tanto de águas superficiais quanto de águas subterrâneas em todos os cenários". O estudo aponta, entretanto, pressões que os recursos naturais vêm sofrendo, tanto pelas cidades sem o tratamento adequado de esgoto quanto pelo setor agropecuário.
Com base no diagnóstico feito foram apresentados três possÃveis cenários para a Bacia do Rio Paraguai. No primeiro cenário a situação se mantém como está. "No Cenário Tendencial o futuro espelha o passado, no ritmo das tendências já observadas que serão, então, continuadas". No Cenário Acelerado, as tendências são rompidas por forte desenvolvimento socioeconômicos com novos arranjos produtivos locais, com ênfase na retomada do mercado interno. E no Cenário Moderado as tendências atuais também são rompidas, pela continuidade de um crescimento socioeconômico moderado voltado ao mercado externo.
Após essa apresentação ao Conselho Estadual de Recursos HÃdricos estão programadas mais três reuniões em Mato Grosso do Sul (Corumbá, Bonito e Coxim), no fim de julho e inÃcio de agosto. No dia 10 de agosto o Plano será apresentado em reunião do Conselho Estadual de Recursos HÃdricos de Mato Grosso e no fim do mês e inÃcio de setembro acontecem mais três reuniões públicas em cidades daquele Estado: Cáceres, Rondonópolis e Cuiabá.