Com 70% das barracas fechadas, silêncio e vazio agora tomam conta do Mercadão

 / Maressa Mendonça e Lucas Mamédio - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

A suspensão das atividades em 70% das barracas do Mercadão Municipal de Campo Grande, resultado de medidas de prevenção contra o coronavírus, transformou o cenário do tradicional centro de compras dos campo-grandenses e turistas. Não tem mais “grito†dos feirantes oferecendo os produtos, nem barulho dos carros ao redor e muito menos perigo de esbarrar em alguém porque quase não há clientes.


Há dez anos, Osmar Pereira Leite comercializa farinhas em uma das barraquinhas do Mercadão. “Nesse tempo todo aqui eu nunca vi nada parecidoâ€, lamenta. Sozinho, ele tenta garantir o sustento mesmo percebendo uma queda drástica no movimento. Ele conta que atende em média 30 pessoas antes das 10h. Em tempos de coronavírus, o número caiu para duas.


Em locais ainda aberto, clientes usam máscaras para ir até o Mercadão Municipal (Foto: Kisie Ainoã)
Queda brusca no movimento percebida também pela comerciante Marina Yurie. Ela e família trabalham em quatro barracas do Mercadão, comercializando castanhas variadas e chás. Segundo ela, o número de clientes que passam pelas bancas caiu pela metade. Por esse motivo ao invés de trabalhar acompanhada dos parentes, ela decidiu ir sozinha e mesmo assim consegue dar conta de todos os pontos de venda.


Proprietária de um açougue no local, Sinedir Amorim também lamenta a queda na movimentação. Para amenizar o prejuízo, ela decidiu dar férias coletivas para 15 dos 30 funcionários. “O que a gente está fazendo é tentar diminuir o prejuízo, mas ele já existeâ€.


Osmar Pereira Leite trabalha há 10 anos no Mercadão Municipal (Foto: Kisie Ainoã)l
O estabelecimento que antes ficava aberto até às 18h30 agora fecha às 15h porque, segundo ela, o movimento “zeraâ€.