Após temporada em Campo Grande, Bumlai vai a SP para tratamento

imagem google / Aline dos Santos

Com recente trajetória que exibe extremos de amizade íntima com presidente da República a condenado na operação Lava Jato, o pecuarista e empresário José Carlos Bumlai, 72 anos, passou uma temporada em Campo Grande e, nesta semana, fará procedimento médico em São Paulo.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, ele está no hospital Sírio Libanês para mais uma etapa do tratamento contra o câncer na bexiga.

Em abril deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) revogou a prisão domiciliar e, conforme apurado pela reportagem, a única restrição é não deixar o País. Em setembro do ano passado, ele foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de gestão fraudulenta de corrupção passiva.

O ingresso na Lava Jato foi em 24 de novembro de 2015, quando foi o alvo da 21ª fase da operação, batizada de Passe Livre. Bumlai foi preso em Brasília, onde aguardava para depor na CPI do BNDES. Na mesma data, a PF (Polícia Federal) foi a mansões da família Bumlai, no bairro Itanhangá Park, em Campo Grande.

Os imóveis ficam em rua cujo nome homenageia a esposa do pecuarista. Na semana passada, a reportagem foi à fazenda Rancho Alegre, localizada próximo ao Aeroporto Internacional de Campo Grande.

A informação é de que ele não estava no local e ninguém poderia falar com a imprensa. O Campo Grande News também solicitou entrevista por meio da defesa da família Bumlai.

 

Finanças – No mês passado, a Justiça autorizou o administrador judicial a tentar vender a Usina São Fernando, localizada em Dourados, a 233 km de Campo Grande. De propriedade da família Bumlai, a indústria foi avaliada em R$ 716 milhões e teve a falência decretada em 8 de junho deste ano.

Também em junho de 2017, o pagamento da fazenda São Gabriel, localizada em Corumbá e adquirida da família Bumlai para a reforma agrária, foi suspenso pelo TCU (Tribunal de Contas da União) até decisão final sobre o valor do negócio.

A compra do imóvel rural de 4,6 mil hectares, ocorrida em 2005, custou R$ 20 milhões e tem suspeita de superfaturamento. Nesta época, Bumlai era conhecido pelos laços de amizade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).