Em três dias Campo Grande registrou duas mortes com foice

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Marcelo Marcelino, de 40 anos, e Carlos Eduardo Severo da Costa, de 36, foram as duas vítimas assassinadas com golpes de foice em um intervalo de apenas três dias, em Campo Grande.

Nos dois casos, os suspeitos foram presos em flagrante e confessaram o crime.

O primeiro casso ocorreu na manhã da última segunda-feira (5), no bairro Santo Eugênio. Horas antes de ser assassinado, Carlos Eduardo teria discutido com o suspeito, identificado pela polícia como Yuri Nunes Ávalo, de 48 anos. Carlos foi morto na manhã desta segunda-feira (5), com golpes de foice e seu corpo foi jogado enrolado a um colchão às margens do Córrego Bálsamo, no bairro Santo Eugênio, em Campo Grande.

O corpo de Carlos foi localizado no final da tarde e foi resgatado por uma equipe do Corpo de Bombeiros. Uma equipe da Polícia Civil e Perícia Técnica tiveram no local, para colher detalhes e dar inícios as investigações.

Segundo o boletim de ocorrência, uma testemunha relatou que na noite do dia anterior, Carlos estava em um barraco da região, onde houve um desentendimento entre ele o Yuri. Ela relata que Carlos chegou a ameaçar Yuri com uma faca, momento em que este permaneceu em silêncio, mas não chegaram a entrar em luta corporal.

Por volta das 07h desta segunda-feira, Yuri retornou ao local, armado com uma foice e ordenou que a testemunha e o filho saíssem, afirmando que mataria Carlos. 

Em seguida, as testemunhas ouviram sons de pancadas e um grito. Após algum tempo, retornaram ao barraco, onde foram ameaçadas por Yuri. Ele as obrigou a limpar o sangue e cobri-lo com terra e também a empurrar o corpo até o córrego, dizendo que também os matariam.

Policiais foram até uma horta onde o suspeito trabalhava e residia e foram autorizados pelo proprietário a entrar. O mesmo confirmou que uma de suas foices havia desaparecido, justamente a que era utilizada por Yuri no serviço.

Yuri foi preso em flagrante e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol), para as devidas providências. Durante a prisão foi constatado marcas de sangue na camiseta do suspeito.

Segundo caso

Marcelo Marcelino, de 40 anos, encontrado morto com um fio enrolado no pescoço e uma foice cravada na cabeça, em uma residência na manhã desta quarta-feira (7), em Campo Grande, estava realizando pequenos furtos na região do Indubrasil, segundo a Polícia Militar.

Apesar do padrasto dizer que o filho era uma pessoa tranquila, vizinhos disseram à polícia que a vítima estava furtando a região e que os crimes podem ter ligação com o assassinato.

Marcelino foi achado morto dentro de um galpão de uma empresa, na Avenida Jornalista Edgar Lopes de Farias, prolongamento da BR-262, no Indubrasil.

Conforme relatos, o local estava fechado até que um grupo arrombou o espaço e encontrou o corpo do rapaz com uma foice presa na cabeça. O sangue em volta já estava ressecado. 

O morto é natural de São Paulo, estava morando em Bonito e de lá veio para Campo Grande. A Polícia Civil assume as investigações e apura se houve tortura antes da morte.

O suspeito, identificado como Pedro Lúcio Jesus de Oliveira, de 31 anos, conhecido como 'Pel', foi preso em flagrante por investigadores do GOI (Grupo de Operações e Investigações) da Polícia Civil, no final da manhã desta quarta-feira, na região do  Indubrasil.

Ele confessou o crime no momento em que foi localizado pelos policiais, na região do bairro em que aconteceu o crime. Diante da confissão, ele será conduzido para a 7° Delegacia de Polícia Civil, que vai ficar responsável pelo caso.

A reportagem apurou que 'Pel' foi visto saindo da residência onde Marcelo foi encontrado morto. A vítima estava com uma foice cravada na cabeça e um fio enrolado no pescoço, indicando possível tortura.

Apesar do padrasto dizer que o filho era uma pessoa tranquila, vizinhos disseram à polícia que a vítima estava furtando a região e que os crimes podem ter ligação com o assassinato.

Marcelino é natural de São Paulo, estava morando em Bonito e de lá veio para Campo Grande. Tanto a vítima, quanto o autor tem passagens pelos mais variados crimes.