Escola infantil em bairro nobre de Campo Grande afasta professora após denúncias de estupro

. / MIDIAMAX.

Um grupo de nove mães procurou a  (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) em Campo Grande após os filhos de 3 a 4 anos serem vítimas de maus-tratos e estupro de vulnerável cometidos por uma professora em um bairro nobre na Capital. Ela foi afastada há dois dias pela direção da  após o início das investigações.

Uma das mães, que não será identificada, contou ao Jornal Midiamax que a filha foi abusada pela professora, que levava as crianças geralmente para o banheiro, onde estuprava as meninas passando as mãos nas partes íntimas das crianças. O fato, por si só, já causava estranhamento nos pais, porque quem deveria levar as crianças ao único local sem câmeras ao vivo era a professora auxiliar.

Professora estupraria meninos e meninas

Os abusos teriam começado no ano passado, quando um menino foi estuprado pela professora. Os pais notaram o comportamento estranho do filho e o levaram até uma psicóloga, que disse que a criança seria vítima de abuso sexual. Os pais procuraram a escola e teriam tido como resposta que a professora era inocente e que trabalhava há anos no local. "Nos chamaram de loucos", relata uma das mães.

Todas registraram boletins de ocorrência que vão de maus-tratos a estupro contra a professora. O caso é investigado e, só quando foi acionada pela polícia, a escola teria afastado a profissional, apesar dos relatos dos pais desde o ano passado sobre o comportamento dela em sala, observado pelas câmeras.

“Só hoje (quinta) consegui me levantar da camaâ€, disse uma das mães que relatou ter descoberto com os outros pais que sua filha também era abusada pela professora na escola. “Estão tentando abafar o casoâ€, disse a  da menina. Ela contou que a filha estava frequentando a escola há sete meses, e que no começo estava tudo normal.

Mas, que depois de um tempo a menina começou a não querer ir para a escola. Ainda segundo a mãe, por motivos de saúde da filha, a criança deixo de ir um tempo para a escola, cerca de 1 mês, mas quando retornou, a filha voltou a demonstrar que não queria ir para a escola. A menina por gestos demonstrou que era abusada pela professora.

Ainda de acordo com uma das mães, as crianças chegaram a ser ouvidas pela psicóloga da escola, que negou qualquer tipo de abuso. Porém, na delegacia, quando ouvidas em depoimento especial, o estupro teria sido confirmado, segundo relato dos pais. 

Em um dos registros por maus-tratos contra uma criança de 4 anos, há o relato de que a professora puxava os cabelos da vítima e a segurava pelos braços na sala de aula, fazendo-a sentar na cadeira à força. Ela ainda xingava a menina. A mãe contou que viu pelas imagens de câmeras na sala a agressão da professora ao vivo contra seu filho, que não queria ir mais para a escola.

Escola diz ter afastado a professora

Em contato com a escola, a diretora da unidade falou que a professora foi afastada no mesmo dia em que os pais procuraram a direção falando sobre o caso e que o que se tem é uma suspeita de assédio e não há uma prova concreta sobre crimes como estupro de vulnerável e maus-tratos. 

Ainda segundo a direção da escola, todo o HD com as imagens das salas de aula e do pátio da escola foram entregues na delegacia. Sobre o fato da professora levar as crianças ao banheiro — momento em que os abusos aconteciam — em vez da auxiliar foi negado pela diretora da escola. Ela ainda reforçou que a escola neste momento está trabalhando em cima da neutralidade, para a preservação das crianças e da professora. 

O Jornal Midiamax tentou contato com a delegada responsável pelas investigações na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Campo Grande, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto para manifestação. Os nomes da escola, da professora e das mães não serão divulgados, de modo a preservar a identidade das crianças, conforme preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Um grupo de nove mães procurou a  (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) em Campo Grande após os filhos de 3 a 4 anos serem vítimas de maus-tratos e estupro de vulnerável cometidos por uma professora em um bairro nobre na Capital. Ela foi afastada há dois dias pela direção da  após o início das investigações.

Uma das mães, que não será identificada, contou ao Jornal Midiamax que a filha foi abusada pela professora, que levava as crianças geralmente para o banheiro, onde estuprava as meninas passando as mãos nas partes íntimas das crianças. O fato, por si só, já causava estranhamento nos pais, porque quem deveria levar as crianças ao único local sem câmeras ao vivo era a professora auxiliar.

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