Invasão da Ucrânia pela Rússia: confira a repercussão entre políticos no Brasil

. / G1

A invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada na madrugada desta quinta-feira (24), gerou forte repercussão na política aqui no Brasil.

A decisão do presidente russo Vladimir Putin de invadir um país vizinho para tomar partes do território abriu a maior crise diplomática e militar do século na Europa. Os efeitos econômicos e políticos devem ser sentidos no mundo todo.

O presidente Jair Bolsonaro, até o início da tarde desta quinta, não havia se manifestado sobre o assunto.

Veja o que disseram políticos no Brasil:

Aécio Neves (PSDB-MG), presidente da Comissão da Relações Exteriores da Câmara - "A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados repudia, de forma veemente, os ataques perpetrados, nesta quinta-feira (24/02), contra o território ucraniano. Os bombardeios russos contra a Ucrânia, país soberano que conquistou sua Independência em 1991, violam as regras e normas internacionais e deve ser fortemente condenado pelas instâncias multilaterais e os governos democráticos."
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara - "O mundo já enfrenta o luto de milhões de perdas da pandemia de Covid-19. À medida que voltamos à normalidade, assistimos uma escalada sem precedentes entre Rússia e Ucrânia. Neste momento, precisamos de paz, entendimento e que as duas nações busquem os caminhos diplomáticos."
Claudio Cajado (PP- BA), presidente do grupo parlamentar Brasil-Ucrânia - "Apelo para que a comunidade internacional, através de seus inúmeros organismos, aja para que essa injusta agressão cesse imediatamente. O mundo não pode aceitar uma guerra em que a Rússia deseja impor à Ucrânia uma postura de intervir em sua soberania e autodeterminação do seu povo, obrigando-a a não seguir o caminho que deseja de unir-se à comunidade e à União Europeia."
Comissão de Relações Exteriores do Senado - "A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado Federal considera as ações militares russas na Ucrânia fato de extrema gravidade, que viola princípios fundamentais da Carta da ONU e do direito internacional, por atentar contra a soberania e a integridade territorial de um país soberano e colocar em risco a vida de cidadãos inocentes. Em consonância com as diretrizes constitucionais que regem nossas relações internacionais, o Brasil deve, em especial em sua atuação no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, propugnar pela cessação imediata da violência e pela resolução pacífica do conflito, com respeito à autodeterminação e à integridade territorial dos Estados."
Gleisi Hoffmann, presidente, e Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais do PT - "O Partido dos Trabalhadores sempre defendeu que as relações internacionais sejam pautadas pelo respeito à autodeterminação dos povos e no diálogo democrático entre países, visando a construção da paz, progresso e justiça social para todos. A resolução de conflitos de interesses na política internacional deve ser buscada sempre por meio do diálogo e não da força, seja militar, econômica ou de qualquer outra forma. Neste momento, entendemos que a solução do contencioso entre Rússia e Ucrânia deve se dar de forma pacífica, utilizando todas as possibilidades de mediação em fóruns multilaterais."
Hamilton Mourão, vice-presidente da República - “O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade [...] A gente tem que olhar sempre a história. A história ela ora se repete como farsa, ora se repete como tragédia. Nessa caso ela está se repetindo como tragédia.â€
Ricardo Barros (PP-PR), deputado, líder do governo na Câmara - "Quero me solidarizar com a Ucrânia, lamentar profundamente a atitude da Rússia em atacar o país vizinho. Nosso Itamaraty já fez hoje um apelo pelo diálogo, pela solução diplomática. [...] É muito lamentável que tenhamos chegado a esse ponto. Quero deixar a nossa solidariedade, do povo paranaense, que tem tanta integração com os descendentes de ucranianos, e desejar que não sejam perdidas vidas nesse confronto."
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado - "Consoante a política externa brasileira, que historicamente tem-se orientado pela busca da paz e pela solução negociada dos conflitos internacionais, como presidente do Congresso Nacional e, em nome de meus pares, reafirmamos a necessidade de um diálogo amplo, pacífico e democrático com vistas a uma rápida solução negociada que contemple os legítimos interesses das partes envolvidas."