Parlamento Amazônico coloca como prioridade o fim da pandemia

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O Grupo Parlamentar da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, recém-criado pelo Senado Federal em março deste ano, atuará junto ao Parlamento Amazônico (Parlamaz). A primeira reunião conjunta foi nesta segunda-feira, presidida pelo senador Nelsinho Trad (PSD/MS), e já traz como prioridade a pandemia mundial.  
No encontro com os membros do Parlamaz, reativado no fim do ano passado, com oito países que promovem a cooperação da região Amazônica  (Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru, Venezuela, Guiana, Suriname e Equador), o tema principal foi o combate à covid. 
Os representantes decidiram fazer o  monitoramento genômico do coronavírus na região através da rede de cooperação dos institutos nacionais de higiene. “No Brasil, esse instituto é a Fiocruz. Outro tema será o acompanhamento do acesso às vacinas e insumos de saúde relacionados à covid”, explicou o senador Nelsinho Trad. 
O observador do Centro de Relações Internacionais da Fiocruz/Brasil, doutor Paulo Machiori Buss, pede que o Parlamaz olhe com atenção para os institutos nacionais de higiene. “Precisamos de emendas que assegurem o caro trabalho de fazer vigilância genômica. Temos que ter uma cooperação política, técnica e financeira para mitigar os efeitos da pandemia na nossa população”, defendeu. 
A reunião de hoje também propôs a realização de um congresso ou seminário para debater o desenvolvimento sustentável da Amazônia. 
 
A secretária-geral da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica), Maria Alexandra Moreira, destacou que “precisamos aglutinar esforços. Temos que retomar a pauta de observadores nas Nações Unidas. Em 2019, foi desenvolvido um movimento nas Nações Unidas e acreditamos que é nosso papel, de todos os países da Amazônia.”
 
Por fim, o Plenário trouxe a necessidade de um monitoramento da preservação da Amazônia. “Esses quatro temas são os que o Parlamaz vai acompanhar daqui pra frente. Na próxima reunião, em agosto, a presidência vai fazer pautas relacionadas”, comentou o presidente do Parlamaz, senador Nelsinho Trad.​