A natureza e a biodiversidade da flora e da fauna de Mato Grosso do Sul para japonês ver. É a exposição assinada pelos pesquisadores japoneses, Toshimasa Kawai e Hajime Oshima, que está em evidência no Aqua Totto, um dos maiores aquários de água doce do mundo, localizado na cidade de Kakamigahara, na província de Gifu, distante 384 km de Toquio e a 26 km de Nagoya.
“O Pantanal e região não são muito conhecidos no Japão. Por isso o objetivo primeiro é mostrar que há um lugar chamado Pantanal e Bonito no Brasil. Há muitas pessoas que querem saber sobre os animais que vivem no Pantanal, e que tipo de meio ambiente eles vivem, e vamos mostrar isso, sem esquecer que o destino turístico também tem alguns problemas ambientais”, diz nota dos autores.
A exposição é resultado de uma expedição comandada pelos dois pesquisadores, que em abril deste ano percorreram em oito dias o Pantanal, Bonito e Jardim. Toshimasa Kawai e Hajime Oshima vieram a Mato Grosso do Sul com a missão de interpretar os ambientes naturais dos animais que vivem na região. Aberta este mês, a mostra se estenderá até abril de 2020.
O espaço em um dos andares do prédio do aquário é todo reservado para Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação)
Um tatu pantaneiro é um dos atrativos da exposição para os japoneses (Foto: Divulgação)Apresentar as belezas naturais do Pantanal, Jardim e Bonito aos japoneses é um incentivo a mais para a valorização de Mato Grosso do Sul como destino turístico, acredita Luiza Coelho, diretora de Sustentabilidade do Grupo Rio da Prata, que teve alguns dos seus atrativos - o Recanto Ecológico Rio da Prata, a Lagoa Misteriosa e a Estância Mimosa - como foco das pesquisas dos japoneses.
“Incrível ver as belezas naturais de Bonito no Japão, um país que adora aquários e peixes, tudo a ver com o destino. Mostra que temos que valorizar mesmo o que o nosso estado tem de mais bonito”, comentou Luiza Coelho.
Mato Grosso do Sul é o segundo estado brasileiro a ter a biodiversidade apresentado no Aqua Totto em 15 anos. O primeiro foi o Amazonas, em 2014, nos 10 anos do aquário. As belezas naturais amazonenses ocuparam um grande espaço no primeiro andar do prédio com pirarucu, bagre, aruanã-dourado, arraia de água doce e piranha.
Agora é a vez de mostrar a natureza sul-mato-grossense para celebrar os 15 anos do aquário. "É uma exposição com informação qualificada da biodiversidade do Pantanal e dos rios da Serra da Bodoquena, especialmente, do rio Olho D'Água, em Jardim, onde concentramos a coleta de informações”, disse o biólogo José Sabino.