Bela Vista: Após 35 dias, menina levada pela mãe biológica reencontra os pais adotivos

 / Izabela Sanchez e Mirian Machado   foto:Paulo Francis

A menina de 6 anos, levada pela mãe biológica, reencontrou os pais na tarde deste domingo (5), em Campo Grande, após ficar 35 dias desaparecida. Ela foi levada pela mãe biológica no dia 30 de junho e desde então não voltou a ver os pais. Ela foi encontrada em um assentamento em Guiratinga (MT), a 1300 km de Campo Grande.

A mãe adotiva, secretária municipal de educação de Bela Vista, a 322 km de Campo Grande, 52 anos, também é tia biológica da criança. O pai adotivo é servidor público e aposentado, 53. Os dois tem a guarda da menina desde maio de 2014.

 

Briga judicial – Segundo explicou o pai adotivo, a mãe biológica tentou reaver a guarda no final de 2014 e foi orientada a entrar com ação judicial. No final do ano passado ela ingressou com liminar com pedido de visita, deferido pela Justiça em junho.

Com a presença de advogada, ela buscou a filha às 8h do dia 30 de junho, e se comprometeu a levar a criança no dia seguinte, o que não ocorreu. Foi então que o casal acionou a polícia. A mãe e o pai tem outros três filhos, de 18, 30 e 27 e deixaram tudo para trás para procurar a filha adotiva. Foram três meses buscando a menina em Rondonópolis (MT).

À reportagem, o pai comentou que não deseja mal à mãe biológica, mas que espera que ela responda pelos atos, pois tratou a filha como se fosse um objeto.

Investigação – Maria Campos, investigadora da Polícia Civil, explicou que foram 4 dias de investigação. Os policiais – uma força tarefa entre a delegacia geral de Mato Grosso do Sul, de Bela Vista e do Mato Grosso – visitaram 17 residências em busca da menina.

“Houve uma determinação do delegado geral de Mato Grosso do Sul para a equipe auxiliar a polícia de Mato Grosso e de Bela Vista, por isso fomos para lá”, comentou.

Ela foi encontrada por volta das 16h no assentamento, e a mãe biológica fugiu. A polícia também encontrou o padrasto e a advogada da mãe biológica. Os três devem responder por substração de incapaz, associação criminosa e desobediência de ordem judicial.

Segundo a investigadora, casos como esse são comuns no Brasil, mas não em Mato Grosso do Sul. Em 15 anos foram 712 casos de reencontros de mães e filhos. Ainda de acordo com ela, a menina ficou feliz e perguntando o tempo todo pelos pais.