O pai da criança de 2 anos, que atirou acidentalmente e matou a mãe de 27 anos em Rio Verde de Mato Grosso (MS), recusou atendimento psicológico gratuito para a criança, oferecido pelo Conselho Tutelar. Ele também foi ouvido formalmente pela Polícia Civil e confirmou que não viu a criança com a arma.
O conselheiro tutelar Luan Melo informou que o conselho não foi acionado no dia do caso, mas recebeu um comunicado da Polícia Civil e contatou o pai nesta segunda-feira (23). "Ele disse que a criança está segura e bem, com a família materna", afirmou.
O conselheiro disse ainda que ofereceu atendimento psicológico gratuito, mas o pai recusou, dizendo que pagará um serviço particular para a criança.
"Ele não quis o atendimento do município, mas disse que está providenciando um atendimento particular, já que a família tem condições financeiras de prover isso", afirmou.
Mesmo com a recusa, o conselho aplicou uma advertência e seguirá monitorando a situação.
"O conselho vai aplicar uma advertência, mas não é uma multa. É um documento interno, que alerta para ficarmos de olho. Nós lançamos no sistema, e se essa criança tiver outra situação daqui seis anos, por exemplo, fica como um histórico".
Depoimento
O homem também foi ouvido formalmente pela Polícia Civil. Segundo a delegada responsável pelo caso, Danielle Felismino, o homem reafirmou que não viu a criança com a arma.
"A criança será mantida com a família, pois ela não foi vítima de negligência ou violência", afirmou a delegada.
O caso aconteceu com uma arma 9 milímetros. O homem, que é produtor rural, possuía porte e registro legal da arma. "A arma está apreendida e a situação foi comunicada à Polícia Federal", disse a delegada.
Ele vai responder por omissão de cautela e homicídio culposo - quando não há intenção de matar - em liberdade.