A criança de 2 anos que atirou na mãe, Deborah Rodrigues Monteiro, de 27 anos, na última sexta-feira (13), em Rio Verde de Mato Grosso, a 194 quilômetros de Campo Grande, deverá ter acompanhamento psicológico. Em depoimento preliminar, o pai da criança disse que achou que eram bombinhas disparadas.
A delegada que está com o caso, Danielle Felismino, disse ao Midiamax que nesta semana o pai deverá ser ouvido novamente, já que no dia da morte, ele foi ouvido de forma preliminar. A criança está sob cuidados da família, e o Conselho Tutelar deve acompanhar o caso.
Deborah foi sepultada em Alto Caracol, distrito de Caracol, cidade localizada a 372 quilômetros de Campo Grande. Ela morreu após o filho manusear uma pistola Glock do pai em casa, no bairro Barra Verde. Na ocasião, ela e o marido estavam sentados na varanda do imóvel, quando a criança efetuou um disparo acidental, que atingiu o braço e o tórax da mãe.
A Polícia Civil investiga o caso como homicídio culposo e omissão de cautela na guarda de arma de fogo, conforme previsto no Estatuto do Desarmamento.
Ao Jornal Midiamax, a delegada informou que o pai da criança foi ouvido informalmente e apresentou as imagens e documentação da arma. Ele, que tem o certificado de registro federal da arma e responde em liberdade, será interrogado pela Polícia Civil.
Disparo acidental que acabou em morte
O disparo acidental foi flagrado por câmeras de segurança da casa na noite de sexta-feira (13). Nas imagens, é possível ver a mulher e o marido sentados em uma cadeira, lado a lado, quando a criança pega a pistola e começa a manuseá-la. O homem aparenta estar mexendo no aparelho celular.
Em determinado momento, o menino, sem intenção, aperta o gatilho e efetua um disparo acidental que atinge o braço da mulher. Segundos depois, o pai continua mexendo no celular, mas logo levanta e corre. Em seguida, a mulher corre, e seu filho, assustado, vai atrás, enquanto o marido tenta socorrê-la.
Após o disparo, o marido acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que levou a vítima para o hospital. Apesar dos esforços da equipe, ela sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.
Já a pistola Glock, carregada com 15 munições, foi apreendida pela polícia.