Chuva faz nível de rios subirem e interdita passeios em Bodoquena e Bonito

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Vários passeios da região da Serra da Bodoquena estão interditados nesta terça-feira (16), incluindo o Balneário Municipal de Bonito e as cachoeiras da Boca a Onça, conhecidos mundialmente por suas belezas naturais.

O motivo são as fortes chuvas que tem atingido a região desde o final de semana. Segundo levantamento apresentado por autoridades de Bodoquena, só ontem (15) foram registrados mais de 100 milímetros no município, deixando várias ruas alagadas, estradas destruídas, pelo menos uma ponte danificada e moradores ilhados.

O atrativo Boca da Onça, onde está localizada a maior cachoeira do Estado com 156 metros de altura, foi interditado, assim como os demais localizados no Parque Nacional da Serra da Bodoquena.

Em Bonito, a Gruta do Lago Azul, considerada o cartão postal da cidade, não recebeu visitantes nas primeiras horas do dia, sendo liberada apenas às 9 horas, quando o tempo firmou na cidade. Já o Balneário Municipal permanece fechado. O nível do Rio Formoso subiu tanto que invadiu o gramado do atrativo.

Vários passeios que margeiam o rio, como bote e flutuação, também estão fechados, já que a correnteza está muito forte e água turva.

Segundo a agente de viagens Roberta Andrade, se as chuvas derem uma trégua, em dois ou três dias a maioria dos atrativos da região devem voltar a funcionar normalmente.

Ela também destacou que apesar dos transtornos causados pelos alagamentos, a chuva não é vista como ‘vilã’ entre os trade turístico. “Na verdade essa chuva é importante, porque normaliza o nível dos rios antes da alta temporada”.

A cachoeira Boca da Onça por ser usada como exemplo, já que em abril deste ano ganhou repercussão nacional pelo pouquíssimo nível de água que caia dela, chegando a ser mencionado como uma possível seca da maior queda d’água de Mato Grosso do Sul.

Na ocasião o gerente de Turismo da Boca da Onça Ecotur, empresa que administra a atividade na propriedade rural onde está localizada a cachoeira, Ronni Gil de Queiroz, disse ao G1 que desde novembro do ano passado a escassez e a irregularidade das precipitações têm afetado não somente o atrativo, mas toda a região da Serra da Bodoquena.

 “Para se ter uma ideia da situação, em janeiro do ano passado, choveu na área da cachoeira cerca de 880 milímetros, enquanto que em janeiro deste ano, esse volume caiu para 340 milímetros. Além de pouca, a chuva ocorre ainda de forma irregular. As vezes chove em um ponto de fazenda e em outro está seco. Até mesmo açudes secaram”, comenta.