Campo-grandense em Israel fica preso em aeroporto e relata tensão com conflito

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Passa de 1 mil o número de mortos no conflito entre  e Hamas, de acordo com atualização de agências internacionais. Brasileiro, o advogado Ely Silveira estava no caminho para o aeroporto de Tel Aviv, para retornar ao Brasil, quando os ataques ao país começaram. Seu voo foi cancelado e ele não tem data para retornar.

Ely Silveira morou durante muitos anos em , onde seus pais residem. O advogado foi a passeio para Israel, pela terceira vez e deveria ter embarcado no sábado (7). Ele conta que ao chegar no aeroporto de Tel Aviv e ficar sabendo sobre os ataques, seu voo foi cancelado e talvez ele consiga embarcar na quarta-feira (11).

“O clima aqui é muito tenso, a maioria das companhias áreas está cancelando os voos. Eu mesmo não tenho mais data para embarcar, dormi no chão e estou tendo que custear as despesas aqui”, conta o advogado, que agora avalia quais as melhores opções para sair do país.

 
 

Ely conta ainda que tem mantido contato pela internet, com os familiares que moram na cidade de Ashkelon e que todos estão bem. Sobre sair do aeroporto, ele diz que é permitido, mas devido a distância e ao risco de explosões, opta por ficar no local.

“O aeroporto tem uma proteção contra míssil, então é mais seguro ficar por aqui mesmo”, afirma o advogado, ao contar que se sente seguro nas visitas a Israel, apesar do clima de tensão iminente.

Explosões foram reportadas na Faixa de Gaza durante a madrugada deste domingo, que foram intensificadas no decorrer do dia.

 
 

Grupo Hezbolla assumiu autoria de ataques

Novos bombardeios vindos pelo norte de Israel indicam que teriam sido feitos pelo Líbano e a autoria foi assumida pelo grupo armado Hezbollah, que afirmou agir em 'solidariedade' ao povo palestino.

Israel deixará de fornecer energiacombustível e bens para a região da Faixa de Gaza, segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, divulgado nesta noite. Grande parte de Gaza já estava na escuridão ao anoitecer, depois que o fornecimento de  elétrica de Israel havia sido interrompido ainda no início do sábado. Israel fornece praticamente toda a energia dos territórios.

Há pouco, Netanyahu também disse que a "primeira fase" da represália contra o Hamas terminou e que Israel lutou contra a maioria dos militantes do grupo extremista. Ele prometeu continuar a ofensiva "sem reservas e sem tréguas", após uma invasão surpresa do Hamas no sul do país. 

 
 

As companhias aéreas cancelaram mais de 80 voos com origem e destino para Tel Aviv, o equivalente a cerca de 14% de todos os voos programados, em virtude do ataque do grupo extremista Hamas no país, de acordo com a FlightAware.

Entramos em guerra longa e difícil, diz Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a afirmar que a guerra contra o Hamas será longa e prometeu que Israel sairá vencedor do conflito. "Estamos embarcando em uma guerra longa e difícil. A guerra imposta a nós por um ataque assassino do Hamas. A primeira fase termina nestas horas com a destruição da maior parte das forças inimigas que penetraram no nosso território", disse Netanyahu em uma publicação na sua conta oficial do X (o antigo Twitter).

Netanyahu reiterou que a represália israelense continuará. "Ao mesmo tempo, iniciamos a formação ofensiva e ela continuará sem reservas e sem tréguas - até que os objetivos sejam alcançados. Restauraremos a segurança dos cidadãos de Israel e venceremos", afirmou o primeiro-ministro de Israel.

O governo de Israel está em confronto com o Hamas desde o início deste sábado, após uma invasão surpresa do grupo extremista no sul do país, perto da Faixa de Gaza. Foi o ataque mais letal contra Israel desde 1973.