O que escondem os discos da mulher que montou seu próprio museu, que partiu sabendo que havia feito história? – “[...] quando daqui partir com o poder de Deus e Jesus Cristo em mim, tudo ficará arrumado, o museu, as músicas, os negócios [...], T. LÃdia BaÃs (1900-1985).
A resposta é o objetivo do projeto da jornalista Lilian Veron e do maestro Eduardo Martinelli, que trará luz a uma faceta inédita da artista sul-mato-grossense resguardada em discos pertencentes ao Museu da Imagem e do Som  de Mato Grosso do Sul (MIS/MS).
Com patrocÃnio do Fundo de Investimentos Culturais de MS (FIC-MS), da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), o projeto seria realizado em 2020, ocasião dos 120 anos da artista plástica, no entanto, a pandemia adiou os projetos, retomado agora e com a missão de “arrumar as músicas†de LÃdia e torná-las acessÃveis ao público.
Martinelli que já realizou tal missão em 2018, recuperando três canções da artista, “Corriqueiraâ€, “Valsas e Valsinhas†e “Sem identificaçãoâ€. Agora busca o que ainda existe nos discos gravados por ela em saraus que promovia em sua casa e em outros momentos. Provavelmente os registros foram feitos em aparelho que está exposto na Morada dos BaÃs, onde também se encontra o piano da artista, além de seu violão, violino e partituras, o que demonstra que LÃdia BaÃs sempre esteve ligada à música.
O trabalho está sendo minucioso para que as músicas que a LÃdia BaÃs gravou se tornem audÃveis. Foi necessário colocá-las na frequência de hertz e velocidade adequadas através de software de manipulação de áudio, chegando assim no ponto exato, ou muito próximo, do que seria o resultado da gravação feita no aparelho antigo, para que então o trabalho de transcrição possa ser realizado.
Todo o material resultante desse trabalho será transcrito para partituras e áudios tanto das gravações originais restauradas para se tornarem audÃveis, como uma nova versão gravada ao piano por Júlio Figueiredo, pianista e amigo de LÃdia, que frequentou os saraus e tem valor afetivo pelo projeto. “Queremos que as pessoas, ao terem acesso à s músicas, possam entender mais a importância dessa mulher que perpassa o tempo com sua arteâ€, finaliza a jornalista Lilian Veron.
Mais informações podem ser obtidas no telefone 67 99965-2416 com Lilian Veron.
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FCMS