Agro se fez ouvir em Brasília

 /  Leonardo Gottems

“Fica a lição de que, para fazer sua voz ser escutada, precisa ir lá na sede do poder e fazer muito barulho. Desta vez foi em apoio, mas em tantas outras, se houvesse este tipo de mobilização, certamente o setor não teria passado por tantos perrengues”. A afirmação é de Marcelo Lüders, o presidente do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses).

 Marcelo Lüders reconhece que, em vários sentidos, percebe-se que os servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estão “com as mangas arregaçadas, trabalhando contra o relógio para destravar a burocracia onde for possível. Espera-se que o texto base da PL 3729/04 que prevê, dentro de limites razoáveis, ser avaliada mais rapidamente a liberação para irrigantes poderem produzir mais alimentos, mais Feijão. Temos perdido lavouras por falta de chuvas”. 

 “Produzir na terceira safra passa a ser primordial este ano, por exemplo. Se houvesse mais área irrigada, haveria abastecimento mais tranquilo, diminuindo as oscilações quando advém de quebra de safra. A população precisa vir a saber que o alimento será mais abundante pelo uso de irrigação e que a água que passa pelas lavouras não desaparece. Ela volta ao meio ambiente”, conclui o dirigente.