Safra de milho será 5,4% maior

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Mesmo com problemas com estiagem no Sul e pragas como a cigarrinha, além das chuvas em excesso no Centro-Oeste que atrasam o plantio da segunda safra, o milho deve ser um dos protagonistas do aumento da safra de grãos 2020/21 para um novo recorde.

Segundo o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a área destinada ao grão cresceu 5,2%, alcançando 19,4 milhões de hectares e uma produção 5,4% maior com 108,068 milhões de toneladas. Mato Grosso, o maior produtor, espera 37 milhões de toneladas, avanço de 5,9%. 

 Nesse momento, as lavouras de primeira safra seguem em fase de colheita, as de segunda safra avançam em sua implantação e as de terceira safra têm previsão para iniciar seu ciclo a partir de abril. O consumo interno deve atingir 72 milhões de toneladas, principalmente pela demanda para etanol e outras 35 milhões serão destinadas à exportação.

O estoque final esperado em 2020/21 deverá ser de 11,7 milhões de toneladas, aumento de 10,3% em relação à safra anterior. O ajuste é explicado pelo aumento da produção total de milho em montante superior ao aumento esperado para consumo agregado.

Na primeira safra houve interferência da La Ninã que atrasou as precipitações no início do plantio nas principais regiões produtoras do país. Com isso a produção brasileira do milho primeira safra apresentou forte redução, atingindo 23.490 mil toneladas, queda de 8,6% em comparação ao produzido no período 2019/20.

 

Na segunda safra, mesmo com atraso na implantação das lavouras pelas dificuldades de retirar a soja, a produção esperada é de 82.802 mil toneladas, representando incremento de 10,3% em comparação à safra passada. Os Estados do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Maranhão têm atrasos na semeadura.

As estimativas de área plantada para o milho terceira safra, no período 2019/20, atingiram 535,6 mil hectares, com produção de 1.775,8 mil toneladas, representando acréscimo de 45,4% em relação à safra 2018/19. Para o exercício 2020/21, apesar das operações iniciarem a partir do segundo trimestre do ano, os suportes estabelecidos pelo mercado sugerem a continuidade do incremento da área plantada, condição que será melhor avaliada nos próximos meses.