VÍDEO: Em plena pandemia, trabalhadores enfrentam fila gigante em Campo Grande atrás de emprego

 / Ana Paula Chuva e Ranziel Oliveira

Para quem chegou na fila às 6h50 da Funsat nesta segunda-feira (13) a espera já dura há quase 5h30 e a principal reclamação é a falta de informação para quem espera. A agência reabriu há 6 dias apenas para atendimentos referentes a seguro-desemprego e retirada de carteira de trabalho.

No local a fila que faz voltas, começou antes mesmo do sol nascer e agora perto de encerrar o expediente, o número de pessoas aguardando o atendimento embaixo do sol de meio dia ainda é grande.

Para Sérgio de Souza, 54 anos, o atendimento está deixando a desejar. “Eu estou aqui desde às 8h, já passa do meio dia e nem informações vieram nos dar”, relata o trabalhador que precisa dar entrada no seguro-desemprego.

Demitida em razão da pandemia do coronavírus (covid-19), a promotora de vendas chegou no local às 7h também para dar entrada no benefício. “Eu fui demitida por causa do coronavírus, então vim para dar entrada no seguro. Cheguei às 7h, o atendimento começou 8h30 e agora já passa do meio dia e estou esperando”, disse.

Na fila desde às 6h50, Davi Michel, 28 anos, conta que na outra vez que esteve na agência não conseguiu senha, por isso precisou voltar. “Eu vim aqui semana passada, faltavam 3 pessoas na minha frente, mas já era 13h30 me mandaram embora sem senha, por isso voltei”, relatou.

Ele também foi dar entrada no seguro-desemprego por ter sido demitido por conta da pandemia. “Eu tenho filho que precisa de mim, preciso dar entrada no benefício e dar um jeito de garantir o sustento daqui para frente também”, desabafa.

 

O diretor-presidente da Funsat Cleiton Franco, afirmou que nesta segunda-feira o atendimento será feito para todos os que estão na fila independente do horário. “Não vamos parar às 13h30. Vamos dar senhas para quem está na fila, e vamos atender todos ainda hoje”, disse.Ele ainda destaca que a alta demanda é em razão da pandemia. “Os empregadores estão com um pé atrás sobre a empregabilidade. Não estão acreditando na economia e por isso estão demitindo os trabalhadores, que estão aqui na fila agora pelo seguro-desemprego”, conclui.