Name, Jamilzinho e 2 policiais são transferidos para presídio federal

(Foto: Paulo Francis/Arquivo) / Geisy Garnes e Marta Ferreira

Os empresários Jamil Name, 80 anos, Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho, 42 anos, e outros dois presos Operação Omertà foram transferidos para a Penitenciária Federal de Campo Grande neste sábado (12). Os presos são apontados como integrantes de uma organização criminosa responsável por pelo menos oito execuções na Capital no período de dez anos.

O pedido de transferência veio depois da descoberta do plano de atentado contra o delegado titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros), Fabio Peró. Conforme apurado pelo Campo Grande News, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul se manifestou favorável a mudança de presídio. A decisão é assinada pelo juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, e está sob sigilo.

Desde a prisão, no dia 27 de setembro, Jamil, o filho e os policiais civis Vladenilson Daniel Olmedo e Márcio Cavalcanti da Silva, estavam no Centro de Triagem – localizado no complexo penitenciário do Jardim Noroeste.

Integrantes da força-tarefa já haviam questionado a decisão de colocar os alvos da operação na mesma cela e revelado à coluna Jogo Aberto que o Presídio Federal era o destino correto para os investigados.

Na Penitenciária Federal, os presos ficarão em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que impede contato com outros internos da unidade. Quem também está no presídio é Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. O narcotraficante voltou a Campo Grande no mês passado.

Operação- A operação Ormetà apura crimes de organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva. Ao todo, foram 23 ordens de prisões: sendo 13 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de prisão temporária em Campo Grande. A lista de presos inclui um policial federal e quatro policiais civis e os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho.

A operação já gerou três denúncias à justiça, envolvendo 13 dos 23 investigados. A primeira denúncia foi contra Jamil Name, apontado como líder da organização criminosa. No dia 9 de outubro 12 investigados foram denunciados por embaraçar as investigações. A apreensão de arsenal considerada estopim da Operação Omertá, deflagrada para por fim a grupo de extermínio, gerou a terceira denúncia derivada da ação.