Audiência de conciliação tentará solucionar turbidez do Rio da Prata

. / Glaucea Vaccari

Audiência de concilicação será realizada no dia 23 de maio, entre Ministério Público Estadual e proprietários rurais da região de Bonito, para tentar um acordo que ponha fim ao problema da turbidez das águas do Rio da Prata, que tem sido frequente em dias de chuva no município. Audiência foi proposta pelo desembargador Alexandre Bastos, da 4ª Câmara Cível, relator do Agravo de Instrumento que trata do assunto. No ano passado, as águas cristalinas do Rio da Prata ficaram escuras durante chuva que caiu na cidade, trazendo preocupação para empresários do setor do turismo, tendo em vista que Bonito é um dos destinos brasileiros mais procurados, atraindo 230 mil turistas por ano. Segundo o MPE, o motivo para que as águas fiquem com lama é a atividade realizada por agricultores na região. . O MPE indica que deve haver uma solução integral do dano ambiental, pelas práticas de plantio sem a observância das curvas de nível e caixa de contenção, mas também do plantio e pastagem em áreas com utilização dos “drenos”, bem como de outros mecanismos potencialmente lesivos ao meio ambiental "ecologicamente equilibrado" Conforme o desembargado, além do conflito de interesse entre as atividades comerciais de turismo e agricultura, a principal preocupação é a “a preservação de um dos maiores ativos ambientais do Estado, a transparência das águas de Bonito”. Juíza Adriana Lampert, da 1ª Vara de Bonito, reuniu as diversas Ações Civis Públicas que tramitam na comarca, sobre o mesmo tema, para que possam ter um desfecho na conciliação. A audiência está prevista para começar às 14 horas do dia 23, na sala do Tribunal do Júri de Bonito. Por conta do princípio da sigilosidade dos atos de conciliação, a audiência será fechada.