Advogada que aplicou golpe milionário continuará com tornozeleira

 / RAFAEL RIBEIRO

Presa em julho de 2018 acusada de dar um golpe milionário em um aposentado, a advogada Emmanuelle Alves ferreira da Silva, 37 anos, mulher do afastado juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior, da 5º Vara de Famílias e Sucessões, teve o direito ao uso de tornozeleira eletrônica por mais seis meses.

O direito à liberdade assistida foi concedido pela juíza Eucélia Moreira Casal, da 3ª Vara Criminal, através de publicação no Diário Oficial da Justiça desta segunda-feira (1).

O direito à tornozeleira também fora ampliado para os outros acusados do crime, que ganhou manchetes nacionais.

A advogada foi presa por estar envolvida em caso de quadrilha que vendeu fazenda fictícia para aposentado e que falsificou documentos para ter acesso à conta bancária da vítima. A suspeita é de que a advogada teria recebido R$ 4 milhões, sob a justificativa de serem honorários.

Um homem com documentos falsos se passava por vendedor de uma fazenda, que na verdade não existia enquanto outros dois criminosos, que já foram presos em flagrante, tentavam fazer a transferência de R$ 1,8 milhão, com uma procuração falsa.

O crime se concretizou após o grupo ter conseguido acesso ao dinheiro da vítima, um aposentado que mora no Rio de Janeiro.

Com uso de documentos falsos, notas promissórias e um termo de confissão de dívida, os criminosos entraram com ação de execução exigindo recebimento de aproximadamente R$ 7 milhões, pela venda da propriedade fictícia e ganharam a causa na Justiça.

Emmanuelle e os três homens são réus pelos crimes de estelionato, associação criminosa, falsificação de selo ou sinal público, falsificação de documento público, falsidade ideológica e uso de documento falso.

O grupo tenta a liberdade na Justiça, sob a justificativa que o dinheiro tomado já fora devolvido à vítima. Segundo o processo, uma próxima audiência do caso está marcada para 10 de maio.