CPI do INSS: o argumento do PT para evitar convocação do irmão de Lula

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Integrantes da base do governo na CPMI do INSS se articulam para evitar a convocação de Frei Chico, irmão do presidente Lula. A votação do requerimento está prevista para a próxima quinta-feira (16).

O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos), afirmou que pretende pautar o pedido, e o relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil), declarou em entrevista ao Contexto Metrópoles que a convocação seria inevitável. Ambos defendem a oitiva de Frei Chico em razão da operação da Polícia Federal que teve como alvo o Sindnapi, sindicato do qual ele é vice-presidente.

 
 
 
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Deputado Paulo Pimenta
Presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana
Relator da CPMI, Alfredo Gaspar

Parlamentares governistas, no entanto, sustentam que não há base jurídica para a convocação. O deputado Rogério Correia (PT) afirmou que Frei Chico não é investigado e que o relator não teria apoio suficiente para aprovar o requerimento.

“Não tem nenhuma denúncia contra ele e nem é investigado e serão chamados presidentes das entidades. O relator não tem voto para aprovar nem o relatório, que pelo visto será totalmente parcial. Sobre o Frei Chico nada foi apresentado contra ele”, disse.

 
 

Já o deputado Paulo Pimenta (PT) também minimizou a discussão e declarou que o pedido ainda não entrou na pauta da comissão. “Não foi apresentado na pauta [convocação de Frei Chico para depor na CPMI]. O dia que for incluído vamos analisar. Quem faz a pauta é o presidente, quem convoca é o plenário. O dia que for pautado vamos analisar.”

 
 

A articulação da base do governo ocorre em meio à pressão de parlamentares da oposição, que querem incluir Frei Chico entre os convocados a depor no colegiado.