Dois estudantes e um professor do Campus Dourados do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) conquistaram o primeiro lugar na XIII Jornada de Foguetes, realizada de 27 a 30 de outubro, em Barra do Piraà (RJ). A competição fez parte da Mostra Brasileira de Foguetes e da OlimpÃada Brasileira de Astronomia (OBA).
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Formada pelo professor de FÃsica Rafael dos Santos e pelos estudantes do curso técnico em Informática para Internet, Nycholas Silva Fróes e Lucas Dias Ricardo, a equipe participou da competição que avalia a capacidade para construção e lançamento de foguetes feitos com materiais leves e simples, como garrafas pet, plástico, papel, fita adesiva e outros.
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O lançamento do foguete construÃdo pela equipe do IFMS alcançou a marca de 218 metros, o que a levou à primeira colocação. A classificação para participação na Jornada ocorreu após a equipe ter efetuado um lançamento de 124 metros, na 11ª Mostra Brasileira de Foguetes, realizada no primeiro semestre.
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"SaÃmos de 124 metros para 218 metros, em pouco mais de cinco meses, com estudos que resultaram em diversas avanços para a dinâmica do foguete, como as forças envolvidas na propulsão, a questão da resistência do ar e outros parâmetros possÃveis de melhoria", destacou o professor.
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Para o estudante Nycolas, conquistar um prêmio nacional é a realização de um sonho. O jovem destaca que a construção de foguetes fez aumentar a busca por informação. "Nas áreas de FÃsica, QuÃmica e Matemática, existe toda uma ciência que envolve a construção dos foguetes e seu voo, e isso resulta em mais conhecimento", explicou.
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O colega Lucas Dias confirma que o resultado foi alcançado graças a muita pesquisa e experimentação. "O estudo dos conceitos nos ajudou a entender o que acontece durante todo o lançamento, a reação quÃmica para a explosão, as forças existentes durante o voo", afirmou.
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Para participar do evento no interior fluminense, o IFMS concedeu apoio com diárias e passagens para a equipe.
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Regras - A construção dos foguetes para a Jornada possuÃa regras especificadas em edital, que permitiam a originalidade e experimentação dos protótipos. Os foguetes deveriam ser lançados a partir de uma reação quÃmica, baseada em vinagre e bicarbonato de sódio, que resultariam em gás carbônico.
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Ainda pelas regras, o foguete deveria estar apoiado em uma base e a distância percorrida após o lançamento seria medida para fins de avaliação.
Além do lançamento, as equipes apresentaram os detalhes de seus foguetes, com fotos, esquemas e filmes dos lançamentos, o que já consistiu em uma das formas de avaliação. Foram considerados critérios como envolvimento de todos os membros e clareza na apresentação.
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Quanto aos foguetes, foram levados em consideração acabamento, originalidade, aerodinâmica, tamanho das aletas, entre outros quesitos. As bases dos foguetes foram avaliadas critérios como segurança, robustez, estabilidade e gatilho.
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Jornada - Foi organizada em três etapas: a 12ª ocorreu de 23 a 26 de outubro, e reuniu 44 equipes; a 13ª edição aconteceu de 27 a 30 de outubro, e contou com a participação de 49 equipes; e por fim, a 14ª edição foi realizada de 31 de outubro a 3 de novembro, com 51 equipes.
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As equipes foram selecionadas a partir da 11ª Mostra Brasileira de Foguetes, realizada junto a 20ª OlimpÃada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em maio. Mais de 94 mil alunos, de 1.632 escolas do paÃs, participaram da competição.
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Outras informações sobre as mostras e a Jornada de Foguetes estão disponÃveis na página da OlimpÃada Brasileira de Astronomia e Astronáutica.