A partir do dia 1º de fevereiro, a gasolina, o etanol e o diesel sofrerão aumentos nos preços devido ao reajuste da alÃquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A medida, aprovada no final de 2024, promete gerar impactos significativos no bolso dos consumidores de combustÃvel e na economia como um todo.
Segundo o Confaz (Conselho Nacional de PolÃtica Fazendária), o reajuste refletirá em aumentos médios de R$ 0,10 por litro para a gasolina e o etanol, e de R$ 0,06 por litro para o diesel e o biodiesel. Esses valores afetam diretamente a cadeia de consumo e podem ter consequências na inflação, que já tem os combustÃveis como um dos principais componentes.
Por que o ICMS aumentará?
Saiba por que o preço do diesel não cai mesmo com a redução do ICMS
Imagem: StockLeb / shutterstock.com
O ICMS é um imposto estadual aplicado sobre diversos produtos e serviços, incluindo os combustÃveis. Esse tributo representa uma parcela considerável do preço pago pelos consumidores na bomba. O reajuste anunciado altera as seguintes taxas:
Gasolina e etanol: aumento de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro.
Diesel e biodiesel: incremento de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro.
Esse aumento foi decidido pelos estados como forma de reforçar os cofres públicos, mas gerou crÃticas de setores econômicos e especialistas, que apontam possÃveis impactos negativos no custo de vida da população.
Repercussões econômicas do aumento dos combustÃveis
O reajuste do ICMS terá efeitos variados em diferentes setores, com destaque para o impacto na inflação. A gasolina, por exemplo, é um dos principais itens na composição do Ãndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Assim, qualquer aumento nesse produto tende a pressionar a inflação.
Além disso, o custo mais elevado do combustÃvel afeta diretamente o transporte de mercadorias e serviços. Empresas que dependem de logÃstica rodoviária poderão repassar esses custos aos consumidores, encarecendo produtos e serviços em geral.
Outro ponto de atenção é o efeito psicológico do aumento dos combustÃveis. Como o preço é amplamente divulgado e sentido no dia a dia da população, ele pode gerar percepções negativas sobre a economia, influenciando a confiança dos consumidores.
O papel da Petrobras no mercado de combustÃveis
No ano de 2024, a Petrobras segurou os reajustes nos preços nas refinarias, implementando apenas uma alteração de 7% na gasolina em julho, enquanto o diesel não sofreu aumentos. Apesar disso, segundo o IBGE, a gasolina final para o consumidor subiu 8,86%, enquanto o diesel teve uma leve queda de 1,56%.
Esse cenário evidencia que os reajustes no ICMS não estão ligados diretamente ao custo de produção dos combustÃveis, mas sim à tributação estadual. Mesmo assim, o impacto no bolso do consumidor é inevitável.
Como os consumidores podem se preparar para o aumento?
Diante da elevação dos preços, é importante que os consumidores busquem estratégias para minimizar os impactos no orçamento. Algumas dicas incluem:
Abastecer em postos com preços mais competitivos: Comparar os valores praticados por diferentes estabelecimentos pode gerar economia.
Utilizar aplicativos de carona ou transporte compartilhado: Essas alternativas ajudam a reduzir o consumo de combustÃvel.
Manutenção preventiva dos veÃculos: Pneus calibrados e revisões regulares podem melhorar o consumo de combustÃvel.
Planejamento de rotas: Evitar deslocamentos desnecessários pode fazer a diferença no fim do mês.
Cenário para 2025: o que esperar?
Carro recebendo combustÃvel (etanol ou gasolina) no tanque
Imagem: Studio4dich / shutterstock.com
Especialistas apontam que o aumento do ICMS pode ser apenas o inÃcio de uma tendência de alta nos preços dos combustÃveis em 2025. A polÃtica de preços da Petrobras, alinhada ao mercado internacional, continua sendo um fator determinante, especialmente em um contexto de instabilidade nos mercados globais.
Por outro lado, há expectativa de que o governo federal ou os estados possam adotar medidas de mitigação, como subsÃdios ou ajustes na alÃquota, caso os impactos na inflação se tornem significativos.
Considerações finais
O reajuste do ICMS, que entra em vigor no dia 1º de fevereiro, trará aumentos nos preços da gasolina, do etanol e do diesel. Esse cenário reforça a necessidade de consumidores e empresas se adaptarem para minimizar os impactos no orçamento.
Com os combustÃveis entre os principais componentes da inflação, o reajuste deve influenciar o custo de vida e gerar debate sobre polÃticas públicas para o setor. Resta acompanhar as medidas que poderão ser tomadas para equilibrar os efeitos dessa mudança tributária.
Prepara o bolso: combustível vai ficar mais caro em fevereiro
