Pepeu Gomes, que voltou à estrada com Baby do Brasil na turnê “140 graus”, comentou sobre o atual cenário musical no Brasil. Em entrevista, ele revelou que não acompanha as novas gerações, como Anitta.
“Escuto aquilo que sempre gostei, e que me traz um saudosismo sadio. Isso é meio normal. Eu sempre briguei para que a gente fizesse músicas que fossem eternas. Preta Pretinha fez 50 anos agora e continua viva. A música do Brasil não anda bem das pernas, porque estão tomando um rumo onde só se mostra bunda, as músicas só com dois acordes…”, lamentou.
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O guitarrista também disse como vê a realidade de ser um músico instrumental no país.
Por essa questão, Pepeu lembra que começou a cantar para expandir as oportunidades de trabalho. Ao todo, ele gravou outros 24 discos cantados, o mais recente em 2018.
“Minha preocupação não é enriquecer. Nunca foi. Mas sim deixar uma obra como (Moraes) Moreira deixou, que é uma referência não só para o Brasil, mas para a América Latina. Ninguém enriquece com a música. É um ou outro. Principalmente músico instrumentista que ganha mais instrumentos do que cachê”, ponderou.
“A cultura foi assassinada, a cultura foi parada, a cultura foi banida do Brasil. Um país como o nosso ficar sem um Ministério da Cultura é uma coisa muito ruim (…) Nossa cultura está no lixo, sabemos, infelizmente”, desabafou.